sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Inunda-nos Senhor


Depois de severos dias de calor absurdo aqui no RJ, lembrei-me de um Louvor neste último domingo, em um culto com mais de 40 graus Celsius de temperatura: “Faz chover, Senhor!”

Esse louvor do Fernandinho, tremendamente propício em dias de calor, como foi neste domingo, nos faz até cantar com mais ímpeto. Em igrejas como a minha, que não têm ar-condicionado central, extremamente necessário aqui no RJ, todos acabam aprendendo a diferença entre o luxo e a necessidade. Que bom seria se, igualmente, todos aprendessem acerca de coisas básicas como ser fiel nos dízimos e nas ofertas.

Há uns meses atrás, abrí a Bíblia e deparei-me com tal assunto...Como disse o profeta Ageu, muitos vivem em casas apaineladas (estucadas ou forradas, em outras versões), enquanto a casa do Senhor fica deserta (Ageu 1.4).

Todos nós desejamos obter o melhor para nossas famílias. Para isso nos empenhamos tanto em nossa vida profissional. Queremos desfrutar do melhor dessa terra como filhos de Deus, queremos a tão famosa prosperidade e sermos felizes. Para isso, fazemos campanhas e mais campanhas, vigílias e Jejuns. Mas como tem sido difícil para a Igreja de Cristo entender a liberalidade no Senhor. Entender que ser liberal (no tocante ao bolso) é apenas conseqüência de algo muito maior: os 100% pertencem ao Senhor e, destes, Ele nos confia os 90% para administrarmos. Administramos sim, usamos com inteligência sim, mas é algo que nunca nos pertenceu. E, mais profundo do que isso: se a igreja de Cristo na sua maioria entende perfeitamente, porque mesmo assim tem sido tão difícil para muitos o simples e básico ato de ser fiel nos dízimos? Por que os pastores ainda têm que ficar se desdobrando em repetir algo que todos sabem?

A questão até poderia se dirigir rumo ao fato de que existem muitos pastores corruptos, que se vendem por questões eleitoreiras; que desejam comprar os seus jatinhos, suas mansões, carros e contas particulares no Exterior; ou que simplesmente administram pessimamente mal os recursos da igreja. Sim, tudo isso EXISTE e poderia até servir para tentar justificar a infidelidade ao Senhor. Mas NUNCA vai de fato o fazer porque “cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Romanos 14.12)

Aprendi um tempo atrás que a nossa responsabilidade diante de Deus termina no momento em que colocamos os dízimos nas salvas ou gazofilácios. A partir dali, se o pastor resolver queimar o dinheiro como sacrifício a Deus, não mais temos parte nisso. É algo entre o pastor e Deus. O problema é que alguns ainda mantêm os 10% como se fosse um investimento seu em uma instituição. E, como todo investidor, exigem a boa aplicação dos recursos, afinal de contas, estão pagando. O erro deles é simples: eles estão investindo sim, mas com recursos do Senhor. Nem um centavo do que temos de fato nos pertence. “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos” (Ageu 2.8)

Voltando ao louvor do Fernandinho, precisamos urgentemente que o Senhor faça chover, e que essa chuva do Senhor venha para inundar os nossos corações. Só que alguns precisam entender que não existe inundação boa e tranquila. Quando vem, vem mudando alguns valores de lugar; ás vezes eliminando por completo outros; coisas e pessoas que gostamos saem de nossas vidas; enfim, tudo muda sem a nossa permissão, conselho e, tampouco, temos algum controle sobre aquilo. Mais ou menos como no filme 2012. Isso é inundação. Assim o Senhor fará com alguns:

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações e encherei esta casa de glória, diz o Senhor dos Exércitos.” Ageu 2.6-7

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